Cristina conta que o Mão Santa estava ansioso para ficar diante do pontífice e que foi um grande presente ter visto o marido ser abençoado
No momento em que pisou no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, todo elegante e com a boina que cobria a grande cicatriz na cabeça, Oscar Schmidt parecia ter pressa. Os olhos corriam o jardim e avistavam a sacada, onde o Papa Francisco abençoaria as bandeiras olímpica e paralímpica. A ansiedade não era comum. Aos olhos da mulher, Cristina, fez lembrar a de uma criança. Contava os minutos para estar na frente do pontífice. Quando o momento chegou, o Mão Santa se ajoelhou e recebeu a bênção que tanto sonhava. Pronto. A esperança de que vencerá a batalha contra um câncer no cérebro só fez aumentar.
- O Oscar é uma pessoa muito sensível. A gente nunca sabe como ele vai se comportar. Ele parecia um menininho mesmo. A ansiedade foi crescendo. Estava sempre perguntando: 'Que horas o Papa vai chegar?' O pessoal do cerimonial disse que que ele parecia uma criança. Quando o Papa chegou na frente dele, se emocionou muito. Aquilo é algo que não tem explicação. Foi um momento único - disse Cristina.
E com a família ao lado. Os filhos Felipe e Stephanie também estavam lá e viram o pai se emocionar. Cristina considera o dia como um grande presente. A foto ganhará lugar de destaque na casa dos Schmidt. Aquela imagem ficará guardada também nas lembranças dos atletas que estiveram ao seu lado no salão.
Nunca pensei que fosse gostar tanto de um argentino"
Oscar
- Foi o momento mais forte quando o Papa colocou a mão na cabeça dele. Foi muito emocionante - disse Fabiana, central da seleção de vôlei.
Pouco antes de ser levado ao encontro do Papa, Oscar dizia que não pediria nada para ele e sim para o Brasil. Mas ao sentir a mão de Francisco tocando sua cabeça um pensamento foi verbalizado: "Se não curar agora, não cura mais", disse.
- Quando me convidaram eu não acreditei! Pela primeira vez veria um Papa de perto. Não vou pedir nada para mim porque a minha vida foi muito boa. O país tem uma população muito sofrida e vive um momento político histórico. O Papa veio num momento muito bonito para o Brasil. A vinda dele é a cereja do bolo. Ele é lindo. Nunca pensei que fosse gostar tanto de um argentino - riu.
Ali perto do Mão Santa, um outro cestinha também aumentava a torcida pela recuperação do ídolo. Entre os pedidos de saúde e paz, o ala-armador do Flamengo Marcelinho Machado também pedia por Oscar. Na temporada passada, o capitão rubro-negro sofreu uma lesão no joelho no primeiro jogo do NBB e não pôde ajudar os companheiros na campanha do título. Para ele, foi um privilégio estar entre os atletas convidados.
- Eu já tinha visto o Bento XVI na benção do Ângelus, quando viajei para a Itália com minha esposa. Estou muito feliz. Acho também que foi uma bênção para o Oscar estar aqui. Ele é um cara muito querido. Uma pessoa que sempre pregou o bem. E acho que ele conta com as orações de todo o Brasil - afirmou.
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