Goleiro Krul sai do banco e coloca Holanda nas semifinais.



Cinco pênaltis para a fama: Krul sai do banco e coloca Holanda nas semifinais. Goleiro reserva da Holanda entra no fim da prorrogação, pega dois pênaltis e justifica confiança de Van Gaal.

Tim Krul
Goleiro reserva da Holanda entra no fim da prorrogação, pega dois pênaltis e justifica confiança de Van Gaal
Krul Holanda e Costa Rica (Foto: Getty Images)Tim Krul vibra com uma das defesas feitas
Aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação entre Holanda e Costa Rica, a substituição que definiu o rumo da partida. Não foi um habilidoso meia, nem um atacante de chute preciso que entrou para cobrar o último pênalti da série holandesa. Depois de 120 minutos de bola rolando na Arena Fonte Nova, em Salvador, o técnico Van Gaal mandou a campo um goleiro. E que goleiro. Timothy Michael Krul, ou simplesmente Tim Krul, fez-se gigante na frente dos costarriquenhos, pegou duas penalidades e colocou a Holanda nas semifinais da Copa do Mundo de 2014.
Usar o termo gigante para se referir a Tim Krul não é nenhum exagero: o goleiro reserva da seleção holandesa tem 1,93 m de altura. Para ele, alcançar o travessão é brincadeira de criança. E ele o fez várias vezes. Talvez na tentativa de intimidar os cobradores rivais. E, cá entre nós, deve ser mesmo assustador parar na marca da cal, olhar para frente e ver aquele holandês, de braços abertos, diminuir consideravelmente a chance de balançar as redes.

Quem observou o goleiro holandês durante a disputa de penalidades pôde se deliciar com um personagem à parte. Quase folclórico. De costas, ele assistiu apenas à reação da torcida nas cobranças dos seus companheiros. A impressão era de que ele não dava a mínima para Van Persie, Robben, Sneijder ou Kuyt – os quatro converteram suas cobranças. Ledo engano. Não olhar para os compatriotas era parte do ritual singular de Tim Krul, pois, assim que a bola estufava as redes, ele vibrava. Vibrava muito.
Quando a situação se invertia, mais um show de Tim Krul. Enquanto o cobrador costarriquenho caminhava em direção à bola, ele andava de um lado para o outro, como se o mundo girasse ao seu redor naquele exato momento. Fazia isso até parar na frente do seu adversário, bater no peito e exibir toda a sua confiança. Fez isso nas duas penalidades que pegou e nas outras três que caiu no canto escolhido pelo batedor. Uma performance assustadora.
Tim Krul defesa pênalti Holanda x Costa Rica (Foto: Getty Images)Tim Krul defende uma das cobranças dos costarriquenhos
A confiança de Krul era tamanha que até podia ser confundida com arrogância. Chutou a trave, vibrou na cara de Brian Ruiz, encarou Giancarlo González. Foi contido pelo árbitro, que certamente lhe pediu que fosse comedido. Só que comedido não parece ser o tipo de palavra presente no vocabulário de Tim Krul. Após defender a cobrança de Umaña, a última da série costarriquenha, vibrou como um louco. Primeiro, sozinho. Depois, cercado por holandeses tão loucos como ele... Bem, talvez nem tão loucos assim.
Para os argentinos, adversários da Holanda nas semifinais, um recado. É bom que tenham assistido ao duelo na Fonte Nova. É bom que tenham visto o desempenho de Tim Krul. E, se quiser estar no Maracanã no dia 13 de julho, dia da grande final da Copa do Mundo, é bom que resolvam a parada no tempo normal ou na prorrogação. Caso contrário, é bom que todos os cinco batedores estejam num excelente dia.



Compartilhar no Google Plus
    Blogger Comentario

0 comentários:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial