Substituto de Mano, Felipão tem 74% de aproveitamento na Seleção

Após dez anos e cinco meses, Felipão volta ao
comando da Seleção Brasileira (Foto: arte esporte)

Penta em 2002, Luiz Felipe Scolari volta ao cargo e será anunciado oficialmente na manhã desta quinta-feira pela CBF

Dez anos e cinco meses após conduzir a seleção brasileira ao pentacampeonato mundial na Copa da Coreia do Sul e do Japão, o técnico Luiz Felipe Scolari está de volta ao comando da equipe verde-amarela. Felipão será anunciado oficialmente pela CBF na manhã desta quinta-feira, a partir das 10h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo no GLOBOESPORTE.COM. Considerando os números da sua primeira passagem pela equipe, o torcedor brasileiro pode ficar animado com o retorno de Felipão.

Desde sua estreia contra o Uruguai em julho de 2001, quando foi derrotado por 1 a 0,  até sua demissão num amistoso contra o Paraguai em agosto de 2002 (mesmo placar), o treinador comandou o Brasil em 26 jogos (foram 13 meses). Sob comando de Felipão, o Brasil marcou 59 gols, sofreu 18 e teve 74% de aproveitamento, com 19 vitórias, um empate e seis derrotas.

Da campanha do penta de 2002 até hoje, o Brasil colecionou fracassos nos dois Mundiais seguintes (2006 e 2010), quando chegou como favorito e foi eliminado nas quartas de final por França e Holanda, respectivamente. De lá para cá, o futebol ganhou uma nova ordem mundial - comandada pela Espanha -, e Scolari retorna ao cargo que o consagrou em um contexto bem parecido com o de dez anos atrás.

Escolhido para substituir Mano Menezes, demitido na última sexta-feira, o ex- treinador do Palmeiras já havia assumido a Seleção em uma situação crítica em 2001, quando herdou o lugar deixado por Emerson Leão. Entre as muitas missões de Felipão, uma delas era a de salvar o time nacional de uma campanha vexatória nas Eliminatórias. E obteve êxito. Foi terceiro colocado, com 30 pontos, classificando o Brasil para a Copa do Mundo de 2002.
 

Luiz Felipe Scolari, treinador do Brasil na Copa do Mundo de 2002 

Nem mesmo um fracasso na Copa América de 2001 (perdeu para Honduras por 2 a 0), fez Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, demitir Felipão. O técnico seguiu no cargo, encarou o desafio de resgatar Ronaldo, o Fenômeno, que sofria com seguidas lesões, montou a "Famíla Scolari" e optou por não levar Romário para o Mundial, apesar de todo apelo popular pela convocação do Baixinho.

Na época, uma reunião da comissão técnica da seleção brasileira, uma semana antes da divulgação da lista de convocados para a Copa, quase terminou em confusão. Após o encontro, o técnico Luiz Felipe Scolari foi encurralado por cerca de 200 torcedores na Rua da Alfândega, no Centro do Rio de Janeiro, que gritavam por Romário e ofendiam o treinador. Os manifestantes estenderam faixas de protesto contra o veto do comandante ao craque.

Na Copa do Mundo, o técnico fez uma campanha arrasadora, vencendo os sete jogos disputados, e conduziu o Brasil, com pulso forte, ao pentacampeonato, em 2002. O título veio com uma vitória por 2 a 0 contra a Alemanha na decisão, com dois gols de Ronaldo, no Estádio de Yokohama, no Japão.

Confira o histórico de Felipão à frente da Seleção Brasileira:

Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002:

Uruguai 1 x o Brasil
Brasil 2 x 0 Paraguai
Argentina 2 x 1 Brasil
Brasil 2 x 0 Chile
Bolívia 3 x 1 Brasil
Brasil 3 x 0 Bolívia

Copa América 2011:

Brasil 0 x México
Brasil 2 x 0 Peru
Brasil 3 x 1 Paraguai
Brasil 0 x 2 Honduras

Copa do Mundo de 2002:

Brasil 2 x 1 Turquia
Brasil 4 x 0 China
Costa Rica 2 x 5 Brasil
Brasil 2 x 0 Bélgica
Inglaterra 1 x 2 Brasil
Brasil 1 x 0 Turquia
Alemanha 0 x 2 Brasil

Amistosos:

Brasil 5 x 0 Panamá
Brasil 6 x 0 Bolívia
Arábia Saudita 0 x 1 Brasil
Brasil 6 x 1 Islândia
Brasil 1 x 0 Iuguslàvia
Portugal 1 x 1 Brasil
Catalunha 1 x 3 Brasil
Málasia 0 x 4 Brasil
Brasil 0 x 1 Paraguai

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